Oliveira 
Olea europaea L., var. europaea (MilIer) Lehr
Família: Oleáceas
Nomes vulgares: Oliveira-brava para a Oleo europaea L. var. sylvestris (Miller) Lehr, também denominada zambujeiro.
Habitat e distribuição: É originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irão e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do mediterrâneo e em zonas americanas de clima semelhante. Cultivada em quase todo o país.
Partes utilizadas: Folhas e óleo obtido dos frutos (azeite).
Constituintes:
- Folhas: iridóides (6%) (oleoeuropeósido); derivados da colina; flavonóides derivados do luteol e do olivol; constituinte amargo (olivamarina); derivados triterpénicos (ácido oleanólico); saponósidos; ácidos fenólicos; sais minerais (cálcio); manitol; taninos; ceras.
- Óleo: ésteres glicéridos dos ácidos oleico (78 a 86%), linoleico (até 7%), palmítico e esteárico (9 a 12%); fitosteróis; vitaminas A e E.
Propriedades Terapêuticas do Óleo de Oliva: Os benefícios à saúde produzidos pelo óleo de oliva devem-se, basicamente, às substâncias que contém. A sua alta quantidade de gordura monoinsaturada reduz o LDL (mau colesterol) e, ao contrário do que ocorre com a gordura saturada de origem animal, não é transformada em colesterol. Dessa forma, o consumo regular de óleo de oliva reduz a possibilidade da formação de placas de ateroma na parede dos vasos sanguíneos. Isto, por sua vez, leva a um menor risco de doença cardíaca como enfarte do miocárdio, e também de acidentes vasculares cerebrais (derrame). Além da gordura monoinsaturada, com todos os seus benefícios, o óleo de oliva é rico em polifenóis (substâncias químicas vegetais que são potentes anti-oxidantes). Ao prevenir as oxidações biológicas, os polifenóis reduzem a formação de radicais livres. Estes, através do dano celular que produzem, são os grandes vilões do envelhecimento e das doenças crônico-degenerativas, como o cancro.
Usos Etnomédicos e Médicos: - Folhas: na hipertensão moderada, prevenção da arteriosclerose e reumatismo. - Óleo: internamente na disquinesia hepatobiliar, obstipação, e hipercolesterolemia; como lubrificante e anti-inflamatório intestinal. Externamente em afecções cutâneas, queimaduras solares ou queimaduras de primeiro grau.
Principais indicações: Hipertensão arterial.
Contra indicações: Não utilizar o azeite, como colagogo quando exista obstrução das vias biliares.
Efeitos Secundários e Toxicidade: As folhas, pelos taninos. são ligeiramente irritantes para a mucosa gástrica pelo que as preparações devem ser tomadas durante as refeições.
Aromaterapia: Tem acção regenerativa da epiderme e, devido à sua alta concentração de ácido oleico, é um excelente emoliente. Contém grande quantidade de esqualeno vegetal.
História: Na Grécia antiga já se falava das oliveiras. Contam eles que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Possêidon, com um golpe de seu tridente, teria feito surgir um belo e forte cavalo. A Deusa Palas Atenas, teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia. Do outro lado do mediterrâneo, os italianos contam que Rômulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.
O facto concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália, no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milénio a.C. Múmias da XX Dinastia do Egipto foram encontradas vestidas com granalhas trançadas de oliveira e em Creta, registos foram encontrados em relevos e relíquias da época minóica (2.500 a.C.).
Curiosidades: "Cultivada no Antigo Egipto há mais de quatro mil anos, os egípcios da VII Dinastia designavam-na por Tat; os gregos já a agricultavam no tempo de Homero; na Síria, desde o III milénio (.) o rei Salomão enviava o azeite a Hirão I rei de Tiro, em troca de materiais e dos artesãos que destinava à construção do templo; Josué e Zorobabel já comercializavam azeite com as populações de Sidon e Tiro por troca de madeira dos cedros do Líbano; na Palestina, o rei David fá-la guardar por intendentes especiais e os oásis líbios povoam-se desta árvore de frutos nutritivos"
O ramo de oliveira é utilizado como símbolo cristão por a Bíblia referir que a pomba enviada por Noé trouxe um ramo de oliveira como anunciador da misericórdia divina. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel nos dias actuais devam ter mais de 2500 anos de idade, e possivelmente presenciaram a passagem de Jesus Cristo por aquelas terras.
Nota: A oliveira é uma das quatro árvores cardinais do Calendário Celta (com o carvalho, a bétula e o freixo).
_____________________________________________________________________
Fonte: "Algumas das Plantas usadas em Fitoterapia"
Autora: Maria da Luz Cardoso
(Trabalho apresentado à ESMOT - Escola Superior de Medicina Oriental e Terapias - como requisito para o Curso de Acupunctura e Fitoterapia)
________________________


Oliveira Olea europaea L., var. europaea (MilIer) Lehr

Família: Oleáceas


Nomes vulgares: Oliveira-brava para a Oleo europaea L. var. sylvestris (Miller) Lehr, também denominada zambujeiro.


Habitat e distribuição: É originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irão e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do mediterrâneo e em zonas americanas de clima semelhante. Cultivada em quase todo o país.
Partes utilizadas: Folhas e óleo obtido dos frutos (azeite).


Constituintes:- Folhas: iridóides (6%) (oleoeuropeósido); derivados da colina; flavonóides derivados do luteol e do olivol; constituinte amargo (olivamarina); derivados triterpénicos (ácido oleanólico); saponósidos; ácidos fenólicos; sais minerais (cálcio); manitol; taninos; ceras.- Óleo: ésteres glicéridos dos ácidos oleico (78 a 86%), linoleico (até 7%), palmítico e esteárico (9 a 12%); fitosteróis; vitaminas A e E.


Propriedades Terapêuticas do Óleo de Oliva: Os benefícios à saúde produzidos pelo óleo de oliva devem-se, basicamente, às substâncias que contém. A sua alta quantidade de gordura monoinsaturada reduz o LDL (mau colesterol) e, ao contrário do que ocorre com a gordura saturada de origem animal, não é transformada em colesterol. Dessa forma, o consumo regular de óleo de oliva reduz a possibilidade da formação de placas de ateroma na parede dos vasos sanguíneos. Isto, por sua vez, leva a um menor risco de doença cardíaca como enfarte do miocárdio, e também de acidentes vasculares cerebrais (derrame). Além da gordura monoinsaturada, com todos os seus benefícios, o óleo de oliva é rico em polifenóis (substâncias químicas vegetais que são potentes anti-oxidantes). Ao prevenir as oxidações biológicas, os polifenóis reduzem a formação de radicais livres. Estes, através do dano celular que produzem, são os grandes vilões do envelhecimento e das doenças crônico-degenerativas, como o cancro.


Usos Etnomédicos e Médicos: - Folhas: na hipertensão moderada, prevenção da arteriosclerose e reumatismo. - Óleo: internamente na disquinesia hepatobiliar, obstipação, e hipercolesterolemia; como lubrificante e anti-inflamatório intestinal. Externamente em afecções cutâneas, queimaduras solares ou queimaduras de primeiro grau.


Principais indicações: Hipertensão arterial.


Contra indicações: Não utilizar o azeite, como colagogo quando exista obstrução das vias biliares.


Efeitos Secundários e Toxicidade: As folhas, pelos taninos. são ligeiramente irritantes para a mucosa gástrica pelo que as preparações devem ser tomadas durante as refeições.
Aromaterapia: Tem ação regenerativa da epiderme e, devido à sua alta concentração de ácido oleico, é um excelente emoliente. Contém grande quantidade de esqualeno vegetal.


História: Na Grécia antiga já se falava das oliveiras. Contam eles que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Possêidon, com um golpe de seu tridente, teria feito surgir um belo e forte cavalo. A Deusa Palas Atenas, teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia. Do outro lado do mediterrâneo, os italianos contam que Rômulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.O facto concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália, no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milénio a.C. Múmias da XX Dinastia do Egipto foram encontradas vestidas com granalhas trançadas de oliveira e em Creta, registos foram encontrados em relevos e relíquias da época minóica (2.500 a.C.).


Curiosidades: "Cultivada no Antigo Egipto há mais de quatro mil anos, os egípcios da VII Dinastia designavam-na por Tat; os gregos já a agricultavam no tempo de Homero; na Síria, desde o III milénio (.) o rei Salomão enviava o azeite a Hirão I rei de Tiro, em troca de materiais e dos artesãos que destinava à construção do templo; Josué e Zorobabel já comercializavam azeite com as populações de Sidon e Tiro por troca de madeira dos cedros do Líbano; na Palestina, o rei David fá-la guardar por intendentes especiais e os oásis líbios povoam-se desta árvore de frutos nutritivos"O ramo de oliveira é utilizado como símbolo cristão por a Bíblia referir que a pomba enviada por Noé trouxe um ramo de oliveira como anunciador da misericórdia divina. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel nos dias actuais devam ter mais de 2500 anos de idade, e possivelmente presenciaram a passagem de Jesus Cristo por aquelas terras.


Nota: A oliveira é uma das quatro árvores cardinais do Calendário Celta (com o carvalho, a bétula e o freixo).

_____________________________________________________________________

Fonte: "Algumas das Plantas usadas em Fitoterapia"
Autora: Maria da Luz Cardoso
(Trabalho apresentado à ESMOT - Escola Superior de Medicina Oriental e Terapias - como requisito para o Curso de Acupunctura e Fitoterapia)

Deixe seu comentário

Escreva seu nome compelto (ex. Jane Miller)

Comentários

Veja o comentário de outros usuários e deixe o seu comentário também!

• Lauro Pinheiro
Gostaria de mais informações e o preço do Oleo ou Extrato de Oliveira (Oleo europaea). Frete para: 21.920-300
⇒ Oficina de Ervas: Olá, Lauro. O Extrato Fluido de Oliveira com 60mL é R$45,00. Para o CEP 21.290-300 temos essas opções: Sedex (R$ 44,41 - 6 a 9 dias úteis) e Jadlog (R$ 23,20 - 8 a 11 dias úteis). Para mais orientações entre em contato com nossos fitoterapeutas. Estamos à disposição.


Artigo Dong Quai serve para menopausa ou endometriose? Entenda os benefícios! 28 Out 2025 Artigo Pygeum africanum traz benefícios para próstata? Entenda para que serve! 17 Set 2025 Artigo Chá verde emagrece? Entenda para que serve, como fazer e quando tomar 10 Set 2025 Artigo Thuya ou Thuja occidentalis: para que serve 25 Ago 2025 Informativo Oficina de Ervas e você: Uma relação de confiança entre nossa farmácia e cada cliente! 11 Ago 2025 Artigo Agrião além da salada: benefícios e uso medicinal 24 Jul 2025

Ver Outros Conteúdos